Cafés de Paris - Muitas vezes símbolos de uma época, esses estabelecimentos receberam grandes personalidades ao longo dos séculos que muitas vezes contribuíram para seu prestígio e fama.
Você vai descobrir neste artigo o que está por trás dos cafés e cervejarias mais míticos de Paris: Uma rápida visão geral das origens de alguns dos maiores nomes dos restaurantes parisienses: Les Grands Café de Capucines, Le Café Flore, Les Deux Magots, La Coupole entre outros.
Inaugurado em 1875, no mesmo período que a vizinha Opera Garnier, o Le Grand Café Capucines ainda impressiona embora tenha sofrido uma “repaginação” duvidosa. É nesta cervejaria no distrito das Grands Avenues (grandes avenidas) que os irmãos Lumière teriam exibido seu primeiro filme em 1895.
Grand Café Capucines
4 boulevard des Capucines, Paris 9
Aberto todos os dias 24/24
O café que leva o nome da deusa Flora, símbolo da inteligência de esquerda, nem sempre foi um bar progressista... Fundado em 1887, o Café Flore recebeu pela primeira vez as grandes figuras da Ação Francesa, um movimento nacionalista de extrema-direita.
No entanto, na década de 1920, foi a onda surreal que mergulhou o Café Flore com seu espírito criativo. O casal Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, Guillaume Apollinaire, o poeta Jaques Prévert, o cantor Boris Vian estão, sem dúvida, entre os mais ilustres frequentadores do café.
Café de Flore
172 Boulevard Saint-Germain, Paris 6
Aberto todos os dias de 7h30 à 1h30
Um dos dois lendários cafés em Saint-Germain-des-Prés, com o Café Flora, claro! Inaugurados em 1885, os dois Magots viram muitos artistas do mundo literário passarem, tanto que um prêmio "Les Deux Magots" é concedido a cada ano a um talentoso autor.
O famoso café parisiense deve seu sobrenome a uma loja de novidades que existia antes dele no mesmo local. Les Deux Magots significa "as duas estatuetas chinesas". Na sala do café, duas estátuas lembram esse passado.
Les deux Magots
6 Place Saint-Germain des Prés, Paris 6
Aberto todos os dias de 7h30 à 1h
O Café de la Paix abriu suas portas em 1862.
Era então o restaurante do café do Grand Hotel de la Paix. Em 1896, lá foram realizadas as primeiras exibições de filmes.
Em 1º de setembro de 1897, a concessão do café foi transferida para Arthur Millon, que então assumiu o controle de seu locador antes de ser o criador de um dos maiores grupos hoteleiros de Paris. Quando morreu, em 1913, ele legou seu império ao seu filho André e, em seguida, após brigas sobre os bens de André, o grupo foi vendido em 1972.
A sala do Café da Paz com sua decoração, bem como vários elementos do hotel que a abriga, foram inscritos nos monumentos históricos por uma ordem de 22 de agosto de 1975.
O café foi construído no mais puro estilo Napoleão III, no térreo de um luxuoso edifício que abriga hoje o hotel l'InterContinental Paris Le Grand (antigo Hôtel de la Paix e Grand Hôtel).
Em 2002, o Café de la Paix foi reformado e agora passa por uma nova reforma.
O Café de la Paix pode ser visto no desenho animado Les Aristochats2
Entre seus famosos frequentadores havia no final do século XIX Tchaikovsky, Massenet, Zola, Maupassant...
Café de La Paix
Inaugurado em 1927 o local foi pintado e decorado por nada menos que 32 artistas. Além da sua excelente cozinha, o restaurante La Coupole é classificado como um monumento histórico. O lugar era queridinho de artistas como Josephine Baker, Picasso, Man Ray ou Louis Aragon. Ainda hoje, bons frutos do mar e peixes são a especialidade da casa.
La Coupole
102 Boulevard de Montparnasse, Paris 14
Aberto todos os dias de 8h à 00h
Foi em 1847 que o Closerie des Lilas abriu suas portas. O estabelecimento viu passar tantos artistas prodigiosos que fica até difícil listar todos eles. No século XIX, o restaurante desfrutou de sua proximidade com um baile, o Baile Bullier, um verdadeiro ponto de encontro da cena cultural parisiense, que atraia escritores e pintores. Zola, Mallarmé, Paul Cézanne ou os Irmãos Goncourt eram “habitués”.
O século XX trouxe uma segunda onda de artistas, dos dadaístas Tristan Tzara e André Breton aos americanos da geração chamada geração perdida como Ernest Hemingway ou F.S Fitzgerald.
Um verdadeiro cenário verde, o Closerie agora serve uma cozinha fina.
La Closerie des Lilas
171 Boulevard de Montparnasse, Paris 6
Aberto todos os dias de 12h à 14h30 e de 19h à 23h30
Uma instituição de origem da Alsácia no coração de Saint-Germain-des-Prés, inaugurada em 1880.
A cervejaria Lipp e sua fachada de mogno envernizada é reconhecível entre mil. Ela viu a passagem de muitos artistas, intelectuais e políticos: Rimbaud, Camus, Mitterrand, Sartre... Classificado como monumento histórico, manteve seu charme de outrora graças à sua cerâmica de parede projetada por Léon Fargues e seus tetos de Charly Garrey.
Na década de 1920, foi assumida por “auvergnats” ( pessoas oriundas da região Auvergne), e na década de 1990 foram os proprietários do famoso café Angelina, a família Bertrand que compraram o lugar.
Brasserie Lipp
151 boulevard Saint-Germain, Paris 6
Aberto todos os dias 9h à 1h